LONGE É A LUA: ¡ DA TÚNICA AUGUSTA E PURA DE ESPERANÇA DE UM PORTUGAL MAIOR, AO MANTO NEGRO E TRÁGICO DE UM PORTUGAL FINADO !

O CRIME DE TRAIÇÃO À PÁTRIA:

O Art.º-141.º Do Código Penal é simples e claro: "Será condenado na pena de prisão maior de vinte a vinte e quatro anos, todo o português que: 1.º intentar, por qualquer meio violento ou fraudulento ou com auxílio estrangeiro, separar da mãe-Pátria ou entregar a país estrangeiro todo ou parte do território português, ou por qualquer desses meios ofender ou puser em perigo a independência do País. 2.º Tomar armas, debaixo das bandeiras de uma nação estrangeira, contra a Pátria". Simples e claro como o juízo do nosso povo, quanto à forma como a Pátria foi mutilada.

¡ DA TÚNICA AUGUSTA E PURA DE ESPERANÇA DE UM PORTUGAL MAIOR, AO MANTO NEGRO E TRÁGICO DE UM PORTUGAL FINADO !

OS NOSSOS SOLDADOS.

Luanda, desembarque do 1º contingente militar nos finais de Março de 1961...

O 1º contingente militar chegado a Luanda, estava previsto o seu desfile pela Av.Paulo Dias de Novais (Marginal de Luanda), a população civil na euforia de se sentirem protegidos, avançou pela Marginal envolvendo os soldados com uma alegria enorme...

Abril 1961, as senhoras lançando pétalas de flores sobre os soldados
do 2ºcontingente militar desembarcado em Luanda.

Luanda, 10 de Junho, desfile militar no dia de Camões.

O Hino, Marcha Militar "ANGOLA É NOSSA" foi realizado em 1961 por Santos Braga / Duarte F. Pestana. Hino que ficou muito conhecido entre os soldados e a população de Angola. Era o símbolo da resistência portuguesa na província ultramarina de Portugal contra as potências e políticas dos EUA e comunistas que atentavam contra a Pátria.

Ó povo heróico português

Num esforço estóico outra vez

tens de lutar, vencer, esmagar a vil traição!

Pra triunfar valor te dá o ter`s razão

Angola é nossa - gritarei -

É carne, é sangue da nossa grei,

sem hesitar pra defender é pelejar até vencer!

Angola é nossa - gritarei -

É carne, é sangue da nossa grei,

sem hesitar pra defender é pelejar até vencer!

Ao invasor castigar co`o destemor
ancestral, deter, destroçar!
Vencer, escorraçar!

E gritar: Angola é nossa

Angola é nossa

É nossa, é nossa!

Angola é Portugal!...

O NAVEGADOR DIOGO CÃO

No início do ano de 1482, o Rei D. João II enviou Diogo Cão numa expedição marítima que foi dar ao estuário do rio Zaire – Congo. No dia 23 de Abril de 1482, numa das ilhotas do Zaire, a ilha de Sonho (Soyo), colocou o seu primeiro padrão de pedra "Padrão de S. Jorge" assinalando a presença portuguesa. Prosseguindo a viagem dos Descobrimentos, contornando a costa aportou a um cabo que baptiza "Cabo de Santo Agostinho", por ser no dia de Santo Agostinho, 28 de Agosto 1482, data assinalada no calendário daquele ano, coloca o seu segundo padrão "Padrão de Santo Agostinho, seguido de uma missa em agradecimento a Nossa Senhora, foi a primeira missa realizada em solo que viria a ser Angola, e rebaptiza o cabo "Cabo de Santa Maria". É, a partir desse acto simbólico que este lugar que viria a ser Angola, passa a ser “Terra de Santa Maria”. E Continua a viagem dos Descobrimentos, ao longo da costa, passa o deserto do Namibe, e a Costa dos esqueletos na Namíbia, depara-se com um promontório onde coloca o seu quarto Padrão, e baptiza “Cabo da Cruz”. Em 1486 regressa ao Congo, onde se encontra com o soba manikongo. Em 1491, tem início os trabalhos de construção da primeira cidade construída pelos portugueses, com nome de "São Salvador" consagrada a Cristo o Salvador, e uma igreja consagrada à Virgem Maria, foi a primeira Igreja católica construída na Africa-Austral

CINEMA "RESTAURAÇÃO" EX-LÍBRIS DE LUANDA, 1970.

Extraordinária obra de arquitectura dos portugueses, a obra teve início no ano 1946 e foi inaugurado no ano 1952. Situado na Avenida Álvaro Ferreira, na parte alta da cidade de Luanda. O Cinema Restauração foi idealizado e projectado pelos irmãos, arquitectos, João Garcia de Castilho e Luís Garcia de Castilho. O projecto estrutural ficou a cargo do engenheiro António Castilho, e a obra foi feita pela Castilho {Engenheiros e Arquitectos Lda}. . No interior exibia um painel pintado pela artista plástica Maria Keil. A sala de cinema, inserida num volume perpendicular recuado, tinha uma plateia com cadeiras desenhadas por José Simões Miranda. Além desta sala, integrava um restaurante‐bar‐dancing em dois pisos e uma esplanada na cobertura. No Cine-Teatro Restauração actuaram artistas de renome internacional, espectáculos de ópera e de bailado. Aos Sábados tinha lugar o espectáculo de variedades “Chá das Seis” apresentado por Artur Peres e Alice Cruz, anos mais tarde Rui Romano e Alice Cruz.

"CAMÕES" POR JORGE DE SENA:

Podereis roubar-me tudo: as ideias, as palavras, as imagens, e também as matáforas, os temas, os motivos, os símbolos, e a primazia nas dores sofridas de uma língua nova, no entendimento de outros, na coragem de combater, julgar, de penetrar em recessos de amor para que sois castrados. E podereis depois não me citar, suprimir-me, ignorar-me, aclamar até outros ladrões mais felizes. Não importa nada: que o castigo será terrível. Não só quando vossos netos não souberem já quem sois terão de saber melhor ainda do que fingir que não sabeis, como tudo, tudo o que laboriosamente pilhais reverterá para o meu nome. E mesmo será meu, tido por meu, contado como meu, até mesmo aquele pouco e miserável que, só por vós, sem roubo, haveríeis feito. Nada tereis, mas nada: nem ossos, que um vosso esqueleto há-de ser buscado, para passar por meu. E para outros ladrões, iguais a vós, de joelhos, porem flores no túmulo." Camões, por Jorge de Sena