O CRIME DE TRAIÇÃO À PÁTRIA:

O CRIME DE TRAIÇÃO À PÁTRIA:

O Art.º-141.º Do Código Penal é simples e claro: "Será condenado na pena de prisão maior de vinte a vinte e quatro anos, todo o português que: 1.º intentar, por qualquer meio violento ou fraudulento ou com auxílio estrangeiro, separar da mãe-Pátria ou entregar a país estrangeiro todo ou parte do território português, ou por qualquer desses meios ofender ou puser em perigo a independência do País. 2.º Tomar armas, debaixo das bandeiras de uma nação estrangeira, contra a Pátria". Simples e claro como o juízo do nosso povo, quanto à forma como a Pátria foi mutilada.

¡ 1975, OS COMISSÁRIOS MFA E A AGONIA DE ANGOLA !

                           O Segundo comissário MFA para Angola: António da Silva Cardoso...
Com a ânsia do poder o MPLA sob a conveniência e negligência destes comissários enviados de Lisboa pelo MFA, Angola foi ainda mais rapidamente para um banho de sangue.
o Alto Comissariado Português, António da Silva Cardoso, fugiu, abandonou povo e território de Portugal, voou para casa, para consultas em Lisboa, ele deixou para trás uma terra rasgada, e sangrando. A decomposição dos cadáveres contaminados na cidade, e falta de abastecimento de água.
O combate entre os movimentos rivais, engolia o último território Africano de Portugal e levantou desde o início a perspectiva de uma transição a 11 de Novembro 1975, não ordenada.
Estima-se que 4.000 pessoas, a maioria negros, morreram nos combates desde o início do ano de 1975 até ao dia 11 de Novembro, onde a luta se tinha concentrado na capital, Luanda, e onde grupos rivais eram os duelos de artilharia pesada, espalhados por todo o norte e partes centrais do país para o enclave de Cabinda que é rico em petróleo. Alguns dos mais sangrentos combates ocorreram em torno de Malange, a área de cultivo de café a 250 milhas a leste de Luanda. As autoridades estrangeiras chamaram ao envio de aviões de uma ponte aérea de emergência do caos.

Os portugueses brancos assustados formaram um enorme comboio de carros, e caminhões, mas a sua rota rodoviária foi considerada tão perigosa que as tropas portuguesas se recusaram a fornecer uma escolta armada, ou usavam essa forma para negarem a protecção aos portugueses de Malange. Apesar dos perigos, a maior parte do comboio chegou com segurança a Nova Lisboa" a segunda maior cidade de Angola, onde já se encontravam 20 mil refugiados brancos à espera de evacuação. Cena caótica.
Outros fugiram ao longo da costa do Lobito e para além das fronteiras da África do Sul e Sudoeste da África. No norte, mais de meio milhão de angolanos negros que fugiram para o Zaire durante a guerra, e no retorno em antecipação da independência foram-lhes cortadas as fontes de alimento e foram ameaçados pela fome.
Luanda era uma cena caótica as pessoas fugiram aos combates nos subúrbios e lotaram o centro da cidade em busca de protecção. Milhares de negros atolados nas praias, à espera de barcos com destino aos portos mais tranquilos ainda no norte, enquanto os brancos acampados na capital no Aeroporto Craveiro Lopes, clamando pelos voos de Lisboa. Para lidar com a crise de emergência, começaram por seis aviões por dia.
Aumentando os voos por dia quando a França, junta-se ao esforço de evacuação. Mesmo assim, era duvidoso que o transporte aéreo fosse capaz de acomodar todos. Praticamente todos os 430 mil portugueses brancos que ainda restavam e queriam sair, e ninguém tinha a certeza de quantos africanos de Angola estima-se 5.400.000 negros tentariam sair.



"Altas patentes do Movimento das Forças Armadas de Portugal deram o aval ao envio de tropas cubanas e armas soviéticas para Angola em 1975", escreve nas suas memórias Oleg Najestkin, antigo agente secreto soviético.


Rogéria Gillemans.