O CRIME DE TRAIÇÃO À PÁTRIA:

O CRIME DE TRAIÇÃO À PÁTRIA:

O Art.º-141.º Do Código Penal é simples e claro: "Será condenado na pena de prisão maior de vinte a vinte e quatro anos, todo o português que: 1.º intentar, por qualquer meio violento ou fraudulento ou com auxílio estrangeiro, separar da mãe-Pátria ou entregar a país estrangeiro todo ou parte do território português, ou por qualquer desses meios ofender ou puser em perigo a independência do País. 2.º Tomar armas, debaixo das bandeiras de uma nação estrangeira, contra a Pátria". Simples e claro como o juízo do nosso povo, quanto à forma como a Pátria foi mutilada.



"LONGE É A LUA", Memórias de Luanda-Angola. 
"Este é o título do livro de Rogéria Gillemans, que está nos escaparates das livrarias. É uma prosa intensa, cativante e arrebatadora, a que se junta um bom poder narrativo. 
LONGE É A LUA, é a desocultação de importantes pormenores de uma alta traição perpetrada por algumas mentes pardas, doentias e por pífios. E refere-se à insurreição militar de 25/4/74, e "à chamada descolonização" levada a efeito pelas mãos dos criminosos apátridas, ilusionistas do socialismo e do comunismo em Lisboa". 
Quem ler este excelente livro, não poderá deixar de se comover, de reviver tempos passados vividos nessa Angola contruída por portugueses europeus, euro-africanos e africanos. 
Mas a autora excede esse tema e descreve linear e escorreitamente os acontecimentos trágicos vividos antes, durante e após o 15 de Março de 1961, revelando pormenores desconhecidos ou pouco conhecidos. Cita datas e locais. Aponta nomes. Diz verdades que, pela sua importância, têm de ser repetidas para combater as mentiras propaladas por um cisco de gente. 
Rogéria Gillemans confessa: "Eu para declarar o meu amor por Angola, vou ter de recordar e descrever para o presente ou para o futuro vivências que fizeram História". 
A autora ama Angola, essa pérola única que a Natureza criou para o homem. Dir-se-à mesmo que é uma forte paixão, quando diz: "Sinto que não existe nada mais difícil para mim, do que escrever este testemunho sobre Angola" - pode ler-se na contra capa do livro dedicado:
"Às vítimas de Angola do 25 de Abril de 1974 da chamada "descolonização"; 
"Ao André, de seu nome António Rodrigues, pela sua actuação e heroicidade ao serviço do exército português e da Pátria, honrando o seu juramento";
A todas as vítimas do terrorismo em Angola em 1961; 
Aos militares que não traíram a Pátria, e à memória dos que tombaram em defesa da mesma".

"LONGE É A LUA", Memórias de luanda-Angola, finaliza com 42 fotografias, a maior parte a cores. Felicitamos a autora, desejando-lhe êxito literário (que o terá certamente) e incentivando-a a prosseguir.

Adulcino Silva, Jornalista/Escritor.
In "O ESPOLIADO" Dezembro 2008-N.˚45.

"LONGE É A LUA", Memórias de Luanda-Angola, de Rogéria Gillemans: 
"É uma declaração de amor por Angola, narra a vida de uma das maiores famílias em Angola desde 1930 até 1975 de origem europeia e africana, descreve vivências que fizeram História.
É um real e violento testemunho denunciador dos acontecimentos que culminaram na trágica, vil e traidora "descolonização exemplar". No seu apêndice conta uma lista com os nomes dos traidores. Foi apresentado pelo Ex.mo Sr. Ten. Coronel João José Brandão Ferreira, na Sociedade Histórica da Independência de Portugal (SHIP), Largo de São Domingos 11, Lisboa. Na sua apresentação contou ainda com conhecidas personalidades da vida civil e militar com destaque para:
"Ex.mo Senhor General Silvino Silvério Marques (Governador-Geral de Angola).
Hermínio de Carvalho Sena (o Herói de Mucaba) e sua família.
Adulcino Silva, jornalista/escritor nascido no Ambriz-Angola.
Manuel da Graça, repórter fotográfico/escritor, um dos repórteres que fotografou os massacres praticados à causa do terrorismo internacional no norte de Angola em 1961.
Dr. João Loureiro o mais jovem Procurador da República em Angola ano 1972."

O Livro "LONGE É A LUA" Memórias de Luanda-Angola, entre outras Bibliotecas consta: 
Na Biblioteca de Rijksuniversiteit Groningen; 
A Universidade de Groningen foi fundada em 1614. É a segunda Universidade mais antiga e a terceira maior da Holanda ( Nederlands ). http://www.rug.nl/corporate/index;

 Na Biblioteca de Stanford University; 
A Universidade de Stanford é uma das mais importantes universidades dos Estados Unidos, no estado da Califórnia. http://www-sul.stanford. edu

"O JORNAL DE CORUCHE"; 
LEITURAS NOVAS: "LONGE É A LUA", Memórias de Luanda - Angola, de Rogéria Gillemans. http://www.ojornaldecoruche.com/docs/pdfjornal/JC_N33.pdf

 "AVEIRO E CULTURA - Prof. 2000"; 
DESTAQUES DO MÊS: "LONGE É A LUA", Memórias de Luanda-Angola, de Rogéria Gillemans. http://www.prof2000.pt/users/hjco/hjco/Avisos/Avis0114.htm


Nota: A Edição do Livro "LONGE É A LUA" Memórias de Luanda-Angola, em língua portuguesa, encontra-se esgotada.


 "O LIVRO DEU O NOME A ESTE BLOG".

HERÓIS DE PORTUGAL

 UM HERÓI PORTUGUÊS, HERMÍNIO DE CARVALHO SENA.

 Ao centro o Chefe da Nação, Excelentíssimo Prof. Dr. António de Oliveira Salazar.

Hermínio de Carvalho Sena na companhia da família, e de um dos Heroicos defensores do Mucaba. Condecorado pessoalmente pelo Chefe da Nação, 
Excelentíssimo Prof. Dr. António de Oliveira Salazar.



CAPELA DO MUCABA, 
 SÍMBOLO DA PORTUGALIDADE E DA  RESISTÊNCIA EM ANGOLA!

Entre os Heróicos Defensores do Mucaba constava Eugénio da Saudade Veríssimo, morto na Capela, levado a sepultar nos terrenos atrás da mesma. Eugénio da Saudade Veríssimo (era filho de Luciano Veríssimo, antigo Chefe do Posto do Mucaba, comerciante e fazendeiro) e irmão de Armando Veríssimo que sucedeu ao pai no Posto do Mucaba e cedeu-o a Hermínio de Carvalho Sena ao ser designado Administrador da Damba, e de António Belchior Veríssimo, Artur Veríssimo, Celeste Veríssimo, que fazem parte da família da autora do Blogue.


TRIBUTO A ANTÓNIO MANUEL RODRIGUES


          António Manuel Rodrigues 1º Cabo Rádio-Telegrafista do 1º Esquadrão de Reconhecimento dos Dragões de Luanda.
 Natural de Gebelim-Alfândega da Fé, Trás-os-Montes-, nasceu a 4 de Novembro de 1939.  No ano 1952, com apenas 13 anos de idade foi para Angola, sob a responsabilidade e protecção do seu padrinho de Baptismo, Francisco da Assunção Marralheiro (quando este se encontrava de visita à terra natal nesse ano 1952), residente em Luanda desde 1940, e proprietário dos conhecidos "Armazéns Marralheiro LDA" no Bairro de São Paulo, Luanda. Mais tarde deixou a residência dos seus padrinhos, passando a residir com a sua irmã mais velha e cunhado chegados a Luanda, moradores na Rua de Fernão de Sousa na Vila Clotilde/Vila Alice. 
No ano 1960 fez a recruta em Luanda, cumprindo Serviço Militar como 1º Cabo Rádio-Telegrafista do 1º Esquadrão de Reconhecimento dos Dragões de Luanda, criado no ano 1958, sob o comando de José Maria de Mendonça Júnior, fundador e 1º Comandante dos Dragões, na época Capitão da Arma de Cavalaria. 
António Manuel Rodrigues a 4 de Fevereiro de 1961 participou na luta contra o terrorismo desencadeado em Luanda. A Companhia onde incorporava foi das primeiras a ir para as fazendas e vilas do norte de Angola à causa do terrorismo internacional a 15/16 de Março de 1961. 

Participou na recuperação de: Quipedro, Quibaxe, Quicabo, Porto-Quipiri, Quitexe, Fazenda Maria Fernanda, Tentativa, Ambriz, Bela-Vista, Beira-Baixa, Quimbele, Quilombo, Quifangongo, Quibala, Cavunga,Zala, Zalala, Quimbumbe, Catende, Funda, Úcua, Quibaba "Operação Pedra-Verde", Nambuangongo "Operação Viriato". E em muitas outras zonas: Fazendas, povoações e vilas. Seguindo em direcção a Nambuangongo em "Piri-Dembos" um acto de heroicidade, destreza e abnegação pela sua própria vida levaria-o a distinção militar; "A GRANADA".

 António Manuel Rodrigues condecorado por esse acto de altruísmo e heroicidade, com uma brilhante Caderneta Militar, uma das Cadernetas Militares com mais louvores do Exército Português, passou à disponibilidade civil no ano 1963, passando a trabalhar na maior Empresa de Import/Export de Angola "Armazéns Catonho-Tonho" da qual anos mais tarde passaria a sócio.

Respeitado, estimado e amado por todos aqueles que com ele privavam, trabalhavam, ou simplesmente o conheciam: europeus, africanos e euro-africanos.
Desde a sua adolescência, independente de raças ou credos faziam parte do seu grupo de amigos ou vizinhos personagens conhecidas em Luanda, entre outros, Henrique Alberto Teles Carreira, "Iko Carreira", um amigo desde sempre que rendia homenagem a António Manuel Rodrigues pela sua actuação ao serviço da Pátria e do bem-comum do povo de Portugal, (uma vez que também ele tinha dado a sua prestação para com a Pátria, como piloto da Força Aérea Portuguesa, pilotando um dos aviões que sobrevoou a Baixa do Cassange a 4 de Janeiro de 1960, passando em 1975 ao serviço do MPLA como Ministro da Defesa de Angola), envolvendo-o sempre com o seu abraço caloroso até há sua saída de Angola a 30 de Outubro de 1975.




¡A GRANADA!
"Naquela noite de Agosto, aquele punhado de homens, isolado nos confins dos Dembos, não conseguia descansar. O cacimbo acumulava-se sobre os panos de tenda, originando poças de água que, a pouco e pouco, impregnavam o tecido e iam, gota a gota, caindo sobre os rostos crispados dos soldados.
Corpos suados e doridos, capacetes de aço na cabeça, correias de cabedal segurando as granadas, armas cruzadas sobre o peito, os homens, deitados de costas, tentavam a todo o custo repousar naqueles curtos instantes. Era necessário recuperar as forças exaustas por tantos dias de marchas intermináveis, os nervos abalados pelas emboscadas, os olhos cegos pelo pó das picadas, as mãos ensanguentadas dos milhares de troncos de árvores removidos.
As sentinelas, dobradas, vigiavam intensamente os locais onde tinham sido colocadas as armadilhas improvisadas. Os olhos cansados semicerravam-se num esforço titânico de luta contra o sono, a fadiga, a ansiedade, procurando varar a escuridão.
Aquele punhado de homens, isolado no meio das montanhas, rodeado de matas misteriosas, tinha consciência da importância e perigo da sua missão. Todos eles, desde o mais simples soldado ao jovem comandante da força.
* p.103

Sabiam que só com eles tinham de contar, pois, por muitos quilómetros fora, nada havia para além das matas onde se escondia o traiçoeiro inimigo.
As vidas que outrora ali tinham palpitado, há semanas haviam deixado de trabalhar aquela terra, de a cultivar, de a regar com o seu suor. Após a grande matança de Março, depois de o sangue daqueles inocentes ter empapado aquela fértil terra angolana, só ficara o vazio: casas destruídas, fazendas pilhadas, café abandonado...
Durante cerca de quatro meses a onda de barbárie assolava a região. Agora chegava a contramaré: as vagas da civilização lançavam-se ao assalto e eles aí vinham na crista da frente.
Após o Quanza Sul era a vez dos Dembos. E bem na frente marchava a juventude. Ela era o fiel baluarte das glórias do passado, o legítimo representante da raça portuguesa naquelas terras africanas. Era a força, o ânimo, a coragem, o espírito de sacrifício que estavam presentes naqueles jovens de vinte e poucos anos. A geração dos anos sessenta iria mostrar ao mundo inteiro e ao seu próprio país que a juventude não é só irreverente e insensata.

Cada um daqueles homens sabia o que valia naquele momento. Sentia na sua própria carne o peso das responsabilidades. Eram milhares de vidas que dependiam da sua acção. Mais do que isso, talvez era o próprio futuro de uma Nação que estava em jogo.
Há muito que tinham deixado de se preocupar consigo próprios. Havia ali quem não pudera enterrar os corpos retalhados de seus pais e irmãos, quem vira arder o esforço de longos anos do seu próprio trabalho em continuação de várias gerações.
Nada possuíam de momento. Apenas uma farda. Um uniforme roto, gasto na dura vida de campanha, umas botas esburacadas por longos quilómetros percorridos e uma velha espingarda de repetição.
* p.104

Naquela hora, até as munições escasseavam. Eles sabiam-no.
Não se preocupavam por lhes faltar a estafada lata do atum, nem a enjoativa bolacha. Com as preocupações e o esgotamento, a fome já não incomodava.
Aliás, ainda ontem tinham apanhado uns peixes no rio. Assados com jindungo, bem bom! Mesmo sem sal nem pão. Houvesse granadas que peixe não faltava. O pior era quando aquelas tinham que ser racionadas e as balas contadas. Mais que na Pátria que defendiam, mais que na família em que viviam, era nas munições para as suas armas que eles agora pensavam. Essa juventude amadurecera bruscamente. As circunstâncias tinham-lhes pedido muito, e eles não se fizeram rogados.

O Alexandre integrara-se bem no seu papel de guia. Jurara que havia de conduzir os seus camaradas a bom termo e não descansaria enquanto não o conseguisse. Mesmo que caísse para o lado quando atingisse o objectivo. Mesmo que mais tarde não cumprissem as promessas de recompensa, não lhe dessem medalhas nem louros. Ele, porêm, é que não deixaria de cumprir a sua missão, custasse o que custasse.
O Pereira e o Baptista também em nada pareciam diminuídos por terem arcado com responsabilidades de comando para as quais não tinham sido preparados. O Brito não havia precisado que alguém lhe recomendasse que desempenhasse funções para além das suas. O Agostinho, mesmo depois de ferido, também não permitira que ocupassem o seu ingrato lugar, exposto francamente aos tiros das emboscadas.

Enfim, eram todos eles que se tinham agigantado!
Mas nessa noite coube a vez ao Rodrigues de dar extraordinária prova de sangue-frio e consciência do dever.
A pequena unidade isolada estava sendo seguida por diversos grupos inimigos, qual alcateia de lobos cheirando a presa, prontos para o ataque decisivo logo que chegasse a altura propícia.
* p.105

Ao meio da noite o morteiro teve de fazer ouvir a sua voz autoritária. Era o morteiro 81. O seu irmão mais pequeno, o famoso 60, havia de celebrizar-se nas mãos dos hábeis apontadores, através dos trilhos infindáveis das matas angolanas e das bolanhas guineenses, ajudando a resolver problemas graves accionado apenas pelo seu tubo, entalado entre as pernas tensas dos soldados que com as mãos nervosas lhe enfiavam as granadas num ritmo diabólico.
Nessa noite angolana de forte cacimbo, a potente granada de morteiro 81 caiu perto da boca da arma, mesmo junto da tenda onde o comandante da força e os seus fiéis guardiões tentavam dormir, buscando em vão o sono reparador das canseiras, o ópio das preocupações.
A granada caiu com um som cavo e sinistro sobre o pano de tenda ensopado pelo cacimbo.

Momentos dolorosos e longos em que a vida daquele punhado de homens ficou suspensa...
Após um breve instante de hesitação, o cabo Rodrigues, o apontador do morteiro, o responsável pela secção, lança-se sofregamente sobre a granada.
Tudo deixara de existir para aquele jovem. Já não era o moço gaiato que passeava em Luanda, de camisa aberta no peito, o cabelo ondulado numa poupa enfática, o olhar sorrindo para as lindas cabritas que iam passando junto ao "Quintas".
Nem tão-pouco era o cabo aprumado, de sapatos engraxados e bivaque de bicos que, orgulhosa e arrogantemente, se passeava nas tardes de folga domingueiras... Não, nessa altura cruciante, nesse momento em que tudo se jogava, a sua vida e a dos seus camaradas, a sua missão e a daquela unidade, o seu futuro e o do Exército que representava, só uma coisa contava: a granada!
Respiração arquejante mas pulso firme, gestos rápidos mas precisos, ei-lo que toma a granada nos braços.
* p.106

Uma mãe ao agarrar o filho de encontro ao peito, não o faria com mais cuidado que aquele homem ao segurar nas suas mãos exangues a granada que no seu bojo de morte encerrava o destino daquele punhado de militares, isolados no meio das matas dos Dembos, naquela noite de Agosto do inesquecível ano de 1961.
Um balanço de braços, um olhar em redor, e aí vai ela. Um salto para o chão e... Com aquele barulho ensurdecedor misturados com o explosivo que rebentava, as angústias daqueles momentos difíceis, somados a tantos outros vividos naquela longa e árdua operação que há dias massacrava os nervos dos soldados, esvaíam-se bruscamente.
Na escuridão da noite apenas pairava o fumo que lentamente ia desaparecendo, no mesmo ritmo, os nervos tensos dos soldados iam-se afrouxando.
E os olhos do Rodrigues sorriam. O dever fora mais uma vez cumprido. Mesmo que as recompensas prometidas falhassem, que interessava? A consciência do soldado permanecia tranquila. "
* p.107

(Do Livro "AQUELAS LONGAS HORAS". Op. cit., p. 103, a 107 - Lisboa, 1970, de Manuel Barão da Cunha - Coronel de Cavalaria (Dragões).

¡ O CANTO A ANGOLA !
















                           

Sentindo o cálido vento...
Levantei meu rostro ao céu,
elevando minha alma...
Assim como meu pensamento!
Só necessitava meu alento...
Para sentir em meus pulmões
o brilho do firmamento!
Recolhi em minhas mãos a terra...
A mesma que pisara desde a minha infância!...
Não há falcão solitário!

Primeiro foi o alarde da vergonha,
E o tempo foi transformado num covil de ladrões!
Os ares, não são bons ares...
E a vida passou a ser p’ra eles um alvo de ocasiões!
Ainda algum "desses" perguntará:
 "Porque cantam eles assim?"

 - Cantamos assim,
 porque a crueldade teve nome de traição!!!
Com nome de trágico destino! -
Cantamos assim pela infância,
e pelo tudo que era nosso!!!
Pelos afectos roubados!
E da nossa terra destroncados!
Pelos nossos povos massacrados!!!

Porque cantamos assim!?
- Se nós e os nossos ficamos sem abraço!!!
E estão morrendo de fome, de tristeza e de cansaço...
Porque o coração do homem se fez em caco
antes mesmo de explodir a vergonha!!!

Porque cantamos assim!?
- Se estamos longe como um horizonte!...
E lá!... ficaram as árvores, o sol, o céu,
e a alma em cada monte!
Se cada noite é sempre alguma ausência ...
E cada despertar um desencontro!

- Cantamos assim, porque o sol nos reconhece!
E lá!... nesse talo, e em fruto de árvore definhada,
a cada pergunta tem a sua resposta!!!
- E porque, os sobreviventes e os nossos mortos
querem que cantemos assim!!!
- Cantamos assim porque o grito só!... Já não basta!!!
E já não basta o pranto, nem a dor, e nem a raiva!!!

- Cantamos assim, porque o rio está soando...
E quando soa o rio as suas águas agitam-se em revoltas,
E soa o cântico de musas em trovas soltas!
Cantamos assim porque chove sobre o sulco...
E porque o campo cheira a primavera!
E traídos!!!... Somos os militantes desta vida!...
E porque não podemos!!! Nem queremos!!!
Deixar que a canção se transforme em cinza!



Poema de, Rogéria Gillemans.

¡Registado no Ministério da cultura - Inspecção Geral das Actividades Culturais, I.G.A.C. – Processo N°3089/2009!


¡ DA TRAIÇÃO, À ANGÚSTIA DA CHEGADA !

ESTA É, SEM DÚVIDA, A PÁGINA MAIS DESONROSA E VERGONHOSA NA BRILHANTE E GLORIOSA HISTÓRIA DE PORTUGAL.


― Vivem-se vidas inteiras sem conhecer o desespero:
Mas esse sentimento pungente, amargo, rude, foi partilhado em 1975 por centenas de milhares de portugueses, em Angola sobretudo;
Centenas de milhares em Moçambique, em Timor, na Guiné, ( até, em Cabo Verde, e, em São Tomé e Príncipe).
Cidades inteiras de pessoas felizes, prósperas, esperançosas, com uma absurda confiança no futuro, viram-se de repente sem vida social, sem emprego, sem casa, com o dinheiro congelado nos bancos, e um terrível sentimento de perigo em relação às suas vidas e às da sua família.
O desespero tem espinhos, alguns aguçados, e os seus bicos empurram as pessoas para o abismo.
No início de Maio de 1975, em Luanda, um grupo de 2.500 residentes em Angola anunciou que não conseguindo obter passagens aéreas ou marítimas para Lisboa, tencionava fazer a viagem até Portugal por via rodoviária, atravessando oito mil quilómetros de países africanos no sentido sul-norte ao longo de 90 dias. A caravana motorizada esteve organizada para ser constituída por 200 camiões e 500 automóveis particulares, sendo os suprimentos destinados a 15 camiões-frigoríficos com capacidade para transportar 30 toneladas de alimentos cada um.
Alguns veículos foram transformados em oficinas móveis para fazer face à inclemência do trajecto e um dos organizadores, Guilherme dos Santos, fez contactos formais com a Cruz Vermelha Internacional e com a Comissão das Nações Unidas para os Refugiados para, na medida do possível, ajudarem essa travessia das selvas, savanas e desertos do continente africano. Acabaram por não avançar para esse louco caminho para a morte.
Mais a sul, porém, houve traineiras a largar de Porto Alexandre e de Luanda cheias de gente, em direcção a Portugal-Algarve e Madeira onde chegaram, com muita sorte, sem males de maior. Outros barcos de pesca artesanais cruzaram o Atlântico para despejarem no Brasil "os refuziados" que não vieram para Portugal. De entre estes barcos de pesca artesanais alguns acabariam por afundaram no Oceano. E quase todos os que puderam escaparam por terra em direcção à África do Sul e a outros países limítrofes, em alguns casos viajando com máquinas de obras públicas que iam aplainando os acidentes do caminho.

O drama, o luto, o caos, a confusão, dominou no primeiro tempo da chegada a Lisboa a cabeça das pessoas. Mais do que a revolta, as pessoas tentavam perceber os acontecimentos, e como é que se poderiam instalar em Portugal. A fase da revolta veio depois. Na quantidade tremenda de gente que desaguou em Portugal aconteceu de tudo. Uma pequena minoria tinha acautelado o seu património e preparado o seu regresso a Portugal. Outra minoria - precisamente aquela que mais tinha a perder com a "independência" de Angola uma vez que perdera os laços com a metrópole - e nunca acreditou no pior desfecho, não preparou coisa nenhuma, e veio sem nada, absolutamente nada, para além da roupa que trouxe no corpo e muita desta fornecida pela Cruz Vermelha, pelas fugas em pijamas e descalços das suas casas em plena noite quando dormiam. Algumas centenas conseguiram trazer alguma coisa, pouca, mas suficiente para o espectáculo dos caixotes que inundou os cais e o aeroporto de Lisboa.
Aos números soma-se a crónica dos ressentimentos sobre a situação, a confusão baralha-se; calam-se os dramas, a angústia, sofresse e chora-se em silêncio. E faz-se o luto pelos familiares ou pelos amigos assassinados.


O ódio é mais espesso que o sangue, mas há momentos em que nem isso adianta...
É QUANDO PORTUGAL E TRAIÇÃO JÁ NÃO SE DISTINGUEM!



Rogéria Gillemans


¡ PARA QUE A HISTÓRIA SE FAÇA !

Para que a História se faça verdadeiramente e se não perca no lamaçal da falsidade e deturpações aos interesses daqueles que cometeram o Crime de Traicão contra a Pátria e o seu povo.

Muitos dos verdadeiros heróis na História de Portugal passaram a ilustres desconhecidos. Nos meses que se seguiram aos massacres dos dias 15/16 de Março de 1961 (à causa do terrorismo internacional telecomandado pelos EUA, Rússia e China), souberam desafiar os perigos de toda a ordem. Embrenhados nas matas passaram necessidades de toda a espécie: Salvando, protegendo, dando sepultura a corpos mutilados ou, o que restava desses corpos humanos; Reconstruindo casas, aldeamentos indígenas, estradas e pontes, transportando pessoas e bens de primeira necessidade ou evacuando doentes em condições meteorológicas adversas, mas sempre com um único objectivo o de salvar e proteger na defesa intransigente da Pátria e do seu povo. 
Grande parte dos seus arquivos desapareceram ou, foram destruídos, e o que deles resta permanecem por ventura silenciosos nas estantes de muitos dos seus protagonistas. 
A História é feita por todos aqueles que nela participaram. Há que incentivar todos aqueles que ainda possuam dados e documentos que possam contribuir para que essa História se faça e se não extinga com eles, que os publiquem, ou que os cedam a organizações que para isso estejam vocacionadas. E àqueles que viveram a paz restabelecida em Angola e testemunharam os crimes praticados à causa comunista do 25 de Abril para que criminosos executassem a chamada "Descolonização Exemplar", é a esses que aqui lanço o meu apelo, para que nos deixem o seu contributo real, pois de certo possuirão um espólio importante para que a História se não perca. As gerações futuras de certo lhes agradecerão. 
Ficará a nossa gratidão a todos aqueles que ao longo dos tempos se atreveram e tiveram a coragem de escrever as suas "estórias" e memórias sobre a verdade, factos, vivências, e acontecimentos. Só assim a História se fará verdadeiramente, pois nenhum trabalho deste género é suficientemente exaustivo e completo. 

 A todos esses ilustres personagens do nosso passado recente que contra tudo e todos lutaram para que essa "verdadeira história" se fizesse, a minha humilde e sincera homenagem.



Rogéria Gillemans

¡ A PÁTRIA NÃO SE DISCUTE !

"PORTUGAL NÃO ESTÁ À VENDA"

"SALAZAR RECUSOU OFERTA MILIONÁRIA PELA COMPRA DOS TERRITÓRIOS DE PORTUGAL"

Na década de 60, os Estados Unidos fizeram uma proposta de centenas de milhares de dólares a Portugal, a troco da independência das províncias ultramarinas.
A resposta do Presidente do Conselho Prof. Dr. António de Oliveira Salazar foi:
"Portugal não está à venda".
Esta como muitas outras ‘revelações’ foram feitas por Witney Schneider, ex-responsável norte-americano pelos Assuntos Africanos, no seu livro ‘Engaging Africa: Washington and The Fall of Portugal’s Colonial Empire’.
O caso remonta a 1963, quando o ex-Presidente do Conselho rejeitou a referida oferta, num encontro com um enviado americano – relata Witney Schneider, antigo vice-secretário de Estado adjunto para os Assuntos Africanos na administração Clinton.
O livro foi elaborado com base em documentos oficiais e dezenas de entrevistas com personalidades americanas e portuguesas.
Segundo Schneider, Paul Sakwa, assistente do vice-director de planeamento da CIA elaborou em 1962 o 'Plano Commonwealth’, que defendia nomeadamente uma autodeterminação para Angola e de Moçambique, após um período de transição de oito anos, durante o qual Portugal seria compensado com cerca de 500 milhões de dólares.
Em Agosto de 1963, o diplomata americano Chester Bowles encontrou-se com Salazar e duplicou a proposta: durante cinco anos, os EUA depositariam nos cofres portugueses cerca de mil milhões de dólares. Porém, a oferta esbarrou na intransigência de Salazar na defesa de Portugal.
Schneider adiantou ainda que tanto Eduardo Mondlane, Moçambique, como Holden Roberto, Angola (FNLA), foram durante anos apoiados financeiramente pela CIA.
No período em questão, o governo americano apoiou financeiramente e lidou estes movimentos terroristas destas duas províncias ultramarinas portuguesas, ao mesmo tempo que mantinha relações diplomáticas com Portugal. (Gonçalo Curião/C. da Manhã).


¡ DA TÚNICA AUGUSTA E PURA DE ESPERANÇA DE UM PORTUGAL MAIOR, AO MANTO NEGRO E TRÁGICO DE UM PORTUGAL FINADO !

OS NOSSOS SOLDADOS.

Luanda, desembarque do 1º contingente militar nos finais de Março de 1961...

 
O 1º contingente militar chegado a Luanda, estava previsto o seu desfile pela Av.Paulo Dias de Novais (Marginal de Luanda), a população civil na euforia de se sentirem protegidos, avançou pela Marginal envolvendo os soldados com uma alegria enorme...

   
 Abril 1961, as senhoras lançando pétalas de flores sobre os soldados
 do 2ºcontingente militar desembarcado em Luanda.

 
Luanda, 10 de Junho,  desfile militar no dia de Camões.

     
O Hino, Marcha Militar "ANGOLA É NOSSA" foi realizado em 1961 por Santos Braga / Duarte F. Pestana. Hino que ficou muito conhecido entre os soldados e a população de Angola. Era o símbolo da resistência portuguesa na província ultramarina de Portugal contra as potências e políticas dos EUA e comunistas que atentavam contra a Pátria. 

Ó povo heróico português
 Num esforço estóico outra vez
 tens de lutar, vencer, esmagar a vil traição!
 Pra triunfar valor te dá o ter`s razão
 Angola é nossa - gritarei -
 É carne, é sangue da nossa grei, 
sem hesitar pra defender é pelejar até vencer! 
 Angola é nossa - gritarei - 
É carne, é sangue da nossa grei, 
sem hesitar pra defender é pelejar até vencer! 
Ao invasor castigar co`o destemor
 ancestral, deter, destroçar!
Vencer, escorraçar!
 E gritar: Angola é nossa
 Angola é nossa 
É nossa, é nossa!
 Angola é Portugal!...


¡ ESTES SÃO OS TRAÍDOS, QUE CONTRUÍRAM UM PORTUGAL MAIOR!

TRAIÇĂO, ABANDONO, CRIMES CONTRA A HUMANIDADE! 
ESTAS SÃO AS DIVISAS E OS GALARDÕES PARA OS CRIMINOSOS DE ABRIL, AUTORES DO MAIOR CRIME DE QUE HÁ MEMÓRIA PRATICADO CONTRA PORTUGAL E CONTRA OS PORTUGUESES! 

 SOBRE ESTES GALARDÕES A HISTÓRIA FARÁ O JULGAMENTO: 
pelo abandono, indiferença e, a conivência nos crimes, daqueles que
 se intitulavam "autoridades portuguesas".

Luanda, a partir de Fevereiro de 1975: 
As urgências hospitalares, os hospitais, as clínicas, as casas de saúde, e as morgues não chegavam para fazer face às centenas de feridos e de mortos que diariamente davam entrada, com as salas cheias, os mortos eram colocados onde calhava, encontrando-se já dispersos pelo chão destas instituições, que cheias, passariam a serem levados para os pavilhões de Desporto, Escolas, e para o edifício da Delegação dos Serviços de Saúde situado na Maianga, que rapidamente, também, se encheriam de mortos. Compatriotas civis e militares, povos inteiros de Portugal abandonados e entregues a ferozes assassinos! Este é o libelo do 25 de Abril de 1974, a quem a soldadesca e os criminosos apátridas de Abril, um dia, terão que prestarem contas a milhões de portugueses do Minho a Timor por tantos crimes praticados, e impulsionados de fora.  (sobre estes "Crimes da chamada "descolonização exemplar, mais fotos e informação no Site "ANGOLA TERRA NOSSA".)

 ESTAÇÃO DOS CAMINHOS DE FERRO (CFL), MARÇO 1975:
O primeiro grande êxodo de Luanda, à causa da feroz e fratricida guerra levada para Angola pelos feitores da "revolução dos cravos" os bailundos vítimas de feroz tribalismo, perseguição e ameaças de morte fogem para o sul do Angola. Luanda, Março de 1975, Fuga de Luanda para o Sul, Huambo,
nos Autocarros da Empresa de Viação de Angola (EVA). Luanda, Março de 1975,
a intimidação e as constantes ameaças de morte aos bailundos, da parte dos criminosos do MPLA com alguns cubanos à mistura, davam início ao êxodo maciço de centenas de milhares de bailundos de Luanda para o sul. Filas continuas ao longo dos dias carregando os seus parcos haveres "as imbambas" como se dizia, umas levadas à cabeça outras transportadas em carroças construídas para esse efeito (com madeira e rodas de bicicletas) onde carregavam o que tinham, incluindo algumas aves de capoeira, e não era raro de ver entre a pequena carga um ou outro cão, companheiros dos folguedos das crianças, nos tempos de paz. Todos os caminhos e estradas que ligavam as zonas periféricas ao centro da cidade eram poucos nessa fuga à morte, como procissão fúnebre, em direcção aos transportes ferroviários e aos autocarros da empresa EVA, onde há chegada se iam aglomerando como calhava, aguardando durante longas semanas por lugar nesses transportes que os levariam para o sul, neste espectáculo triste e desolador não faltaram lágrimas nos rostos daqueles que assistiam a este prenúncio do fim de um povo, até então português e, desta província há cinco séculos Portuguesa, que vivia em paz, em ordem, e dentro de impressionante progresso.

Criar o caos, instalar o pânico, fomentar o racismo, o tribalismo e a fome, para dar existência à repressão, às prisões arbitrárias, aos assassinatos e à guerra, assim, foi feito em Angola, com a participação e a conivência daqueles que se intitulavam “autoridades portuguesas”. Nada era por acaso, já que este primeiro grande êxodo de Luanda teria repercussões psíquicas negativas para os portugueses brancos, ficariam assim mais sózinhos, isolados, sem ajuda necessária para a continuidade do trabalho, que já se fazia sentir no abandono laboral em todos os sectores, em especial da agricultura e da agro-pecuária. 
No norte, pelas ameaças de morte aos bailundos, estes, já se tinham retirado para o sul abandonando as fazendas de produção do café, cuja colheita não foi feita. Cabia a vez aos bailundos residentes na capital, (por várias razões os bailundos estiveram desde sempre ao lado dos portugueses brancos, sendo por isso um dos valores na contribuição para a paz, para o progresso e para a economia de Angola). 
Os comunistas não só se impunham pela força das armas, pelo terror, crimes de assaltos, roubos e assassinatos, como tinham o propósito de impossibilitar a continuidade laboral, paralizar o trabalho para destruir a economia (da qual portugueses europeus e africanos (bailundos) eram o grande e principal motor de produção), fragilizando o território economicamente seria presa mais fácil, expulsar e confinar os bailundos ao sul pela intimidação, pelos confrontos, as esperas traiçoeiras, o tribalismo criminoso, os assassinatos, e pelas ameaças diárias de morte, caso não saíssem da cidade. 

Pela falta de mão-de-obra na produção industrial e na agricultura, em Luanda já escassavam os produtos para alimentação, e os que ainda haviam atingiam preços inauditos, e a fome não tardou a chegar. As empresas, as fábricas, os escritórios, as alfândegas, e os serviços do Estado por falta de empregados não funcionavam, e os que iam funcionando era unicamente para manterem vivo o espírito do trabalho e da civilidade na observância do dever nos princípios da moralidade. A presença dos povos do sul na capital eram um obstáculo aos objectivos dos comunistas, por outro lado esses povos eram simpatizantes da UNITA, sendo também por esse facto vítimas de perseguições, de tribalismo selvagem, e de assassinatos praticados com requintes de extrema crueldade, muitos dos quais aconteciam após o trabalho quando de regresso às suas casas nos bairros: Prenda, Marçal, S. Paulo, Terra Nova, Sambizanga, Cazenga, Bairro Popular, Rangel, Mulemba: 
Como um jovem bailundo com 17 anos de idade que de regresso à sua casa na Terra Nova, um grupo de criminosos intersectaram-no pedindo-lhe cigarros, quando esse jovem trabalhador procurava os cigarros no bolso foi assassinado à catanada, com tal ferocidade e selvajaria que lhe mutilaram o corpo, perante o olhar aterrorizado dos vizinhos do bairro, segundo testemunhas, só os gritos desses no pedido de ajuda, impediram que os criminosos continuassem o macabro ritual. Famílias inteiras de bailundos foram perseguidas e assassinadas desde 1975.

O GRANDE ÊXODO DOS PORTUGUESES DE ANGOLA. Luanda, de Abril a Maio de 1975:
Portugueses brancos, negros e mestiços junto a uma das agências das Linhas Aéreas, na baixa da cidade. A presença já notória de russos e de cubanos na cidade e, a guerra fratricida já declarada, davam lugar às ininterruptas filas que davam a volta ao quarteirão, durante semanas de longos dias, sob sol escaldante e de longas frias noites, de onde ninguém arredava pé para não perder o lugar, para aquisição dos bilhetes de embarque com destino a vários países. Neste êxodo de Angola.

 Luanda, Maio 1975: 
Portugueses de algumas cidades e vilas do interior de Angola, refugiados no Aeroporto de Luanda, aguardando por embarque para Lisboa.

1975, Henrique de Carvalho: 
Campo de refugiados portugueses na periferia de Saurimo, Lunda-Sul. 
                 A população civil procurava a protecção da “soldadesca de Abril” que em nada ajudou! Esta tropilha fandango, instrumentalizados na doutrina dos piores criminosos que existiram no mundo (Lenin-Marx), foi mandada para Angola juntamente com o assassino Rosa Coutinho, ao mesmo tempo que os verdadeiros militares que fizeram juramento de servir, honrar e proteger a Pátria foram retirados de Angola.
 
Abril de 1975, Malange: 
   Concentração dos portugueses da Lunda, para rumo a Luanda e a Nova-Lisboa por estrada,    pedindo ajuda de protecção à soldadesca de Abril. Ajuda essa de protecção que lhe foi negada. 

                  Esta era a pacífica e bonita cidade de Henrique de Carvalho (Saurimo-Lunda) em 1971.
                                                                     1975, Moxico:
portugueses de Vila Luso refugiados no hangar do aeroporto aguardam por transporte aéreo para Luanda. 

   
  A chamada "Ponte Aérea" de Luanda para Lisboa com início a 03 de Junho até final de Novembro de 1975, oficialmente foi dada por terminada no dia 03 de Dezembro e concluída a 06 de Dezembro do mesmo ano. Centenas de aviões, milhares de voos (900 mil voos) a um ritmo impressionante de mil pessoas transportadas por dia, para a saída urgente desta gente traída e abandonada. Cinco meses e meio para evacuar mais de meio milhão de pessoas, neste "dizer adeus a Angola".


 FUGA POR TERRA,  RUMO À ÁFRICA DO SUL:

1975, Lubango: Uma caravana de 300 viaturas rumo à África do Sul.


1975, Namibia, Grootfontein, o campo de refugiados Angola.

1975, Namibia, Grootfontein.

1975, Grootfontein: 
Os refugiados de Angola na partida para a estação de comboios.

 Dias tórridos de sol a sol, e noites gélidas: 
No exterior da vedação mais de uma centena de viaturas de vários tipos estacionadas. Umas com as cargas de origem, outras vazias. No campo de Windhoek a situação era idêntica. Os seus proprietários acabariam por abandoná-las ali. As autoridades sul-africanas não prometiam o embarque destas para Portugal, e da parte das chamadas “autoridades portuguesas” nem sinais.
No dia 22 de Outubro é anunciada a partida. Nessa noite, militares e alguns residentes da cidade honraram os refugiados de Angola com uma festa de despedida, com um grupo musical, no recinto de jogos desportivos.
No dia 23, os seus parcos pertences foram devidamente rotulados e transportados para a estação do comboio, seguindo-se as pessoas que eram acomodadas por agregado familiar em cabines com beliches de acordo com o número de indivíduos. Nas cabinas encontravam-se latas de conservas, fruta natural e bebidas.
Ao meio dia em ponto ouve-se o silvar do comboio que dá o sinal de partida. Na despedida de Grootfontein o acenar de muita gente, entre esta, um Padre a dar a sua bênção a esta honrada gente de Angola, traída e abandonada pelos canalhas criminosos que se proclamavam “autoridades portuguesas”.

 Caso admirável das Autoridades Sul-Africanas: 
Aproximava-se a hora do embarque, nas vésperas da devolução do campo todas as viaturas abandonadas foram recolhidas para um recinto vedado, e no decorrer de 1976 exactamente como haviam sido abandonadas foram despachadas para Portugal e entregues aos seus donos.

 
1975 - OCEANIC INDEPENDENCE - 
          O navio que as Autoridades Sul Africanas puseram à disposição dos refugiados de Angola,
de Grootfontein para Lisboa.



Lisboa 1975, a partir de Junho este era o cenário no aeroporto de Lisboa. 
Refugiados de Angola, após as suas chegadas, deixados ao abandono
pela indiferença dos criminosos que se intitulavam "autoridades portuguesas".

  Lisboa 1975, 
Refugiados de Angola manifestando-se em luto contra o Crime de Traição.


Lisboa 1975, 
os refugiados de Angola, em reivindicação aos seus direitos e, para se fazerem ouvir, 
ocuparam o Palácio de São Bento (Assembleia da República).


                       

      "Revolução dos Cravos, 25 de Abril de 1974"
       Traição - Crimes Contra a Humanidade - Holocausto em Angola! 

 A chamada "Revolução dos Cravos" teve origem em reivindicações de carreiras militares, foi um descontentamento mercenário e, que abriu fendas na disciplina militar e que, a certo momento, dada a extensão da indisciplina procuraram revestir-se de uma explicação política conferindo-lhe, aos olhos da Nação e do mundo, uma aparência de honestidade e de significado nacional. A infiltração dos oficiais esquerdistas, comunistas/socialistas, exploraram essa indisciplina mercenária e conduziram-na à mais Criminosa Traição que a História de Portugal conhece e, o poder foi tomado de assalto por criminosos que, ilegitimamente, e à revelia da Constituição determinaram o destino da Nação e de todo o seu povo, e aos quais se juntariam outros malfeitores vindos do estrangeiro para a prática dos crimes. E que, à revelia e, inconstitucionalmente, negociaram com "Terroristas-Assassinos" os territórios e povos de Portugal, tendo abandonado inteiras populações inermes, recusando-lhes Protecção.

As afirmações do socialista/marxista Mario Soares ao “ DER SPIEGEL” em 1974 e, ao “JORNAL DE SÃO PAULO” Brasil, deixam claro as suas intenções a respeito das suas intenções criminosas "O Genocídio dos Portugueses Brancos" como Solução.

Os massacres praticados pelo MPLA e cubanos: No Bairro S. Paulo na sede da UNITA conhecida por Pica-Pau foram assassinadas 30 crianças que se encontravam ali refugiadas; à causa do 27 de Maio de 1977 foram assassinados 80.000 seres humanos, na maioria com idades inferiores a 18 anos, outras fontes apontam para um  número superior  a 100.000  mortos. E ao longo de 27 anos de guerra civil (a guerra mais longa dos tempos modernos), morreram mais de 2 milhões de africanos portugueses; 4.1 milhões foram deslocados internos, e 436.000. levados para os países vizinhos: Zâmbia, Congo Brazzaville, República Democrática do Congo. O número de mutilados civis é de 80.000 resultado de minas semeadas por todo o solo angolano por ordens do cubano comunista Fidel Castro.



NOTA – No "ANGOLA TERRA NOSSA" informação mais detalhada com fotografias e documentos sobre causas, participação e acontecimentos dos crimes contra a humanidade em Angola, e aos quais os criminosos da Revolução dos Cravos qualificaram como "Descolonização Exemplar"



                                                  Rogéria Gillemans


DESCOLONIZAÇÃO, OU CRIME?

A "Ponte Aérea" de Luanda para Lisboa com início a 03 de Junho até final de Novembro de 1975, oficialmente foi dada por terminada no dia 06 de Dezembro do mesmo ano. Centenas de aviões, milhares de voos (900 mil voos). Cinco meses e meio para evacuar mais de meio milhão de pessoas que desta forma disseram adeus a Angola.

Aos números soma-se a crónica dos ressentimentos, sobre a dramática situação. A confusão baralha-se, calam-se os dramas, sofresse e chora-se em silêncio. E faz-se luto pelos familiares ou amigos assassinados e desaparecidos. E os arautos do tempo repetem o veredicto: "Descolonização Exemplar", "Ventos da Histórica", passando para... "Descolonização Possível", surge como uma (Desresponsabilização), como um purgar do crime realizado sobre a vida de milhões de pessoas, e sobre a realidade Histórica de Portugal. Acto de Cobardia, de Canalhice, e de Crime.

Gonçalves Ribeiro, mais tarde alto-comissário para os refugiados, afirma o seu pudor em abordar a matéria em causa, que define como "a experiência da sua vida". Mal ou bem, é ele o nome que todos apontam como coordenador do air-lift-Ponte Aérea organizada por país estrangeiro, EUA; que em cinco meses e meio transportou mais de meio milhão de pessoas de Nova Lisboa e Luanda para o aeroporto da Portela-Lisboa.
"Houve necessidade de um certo voluntarismo. Usava-se o rádio para chegar aos sítios mais isolados de Angola, às matas, para tentar saber onde é que havia gente a precisar de transporte. Mandávamos lá a Força Aérea para as trazer aos dois grandes aeroportos. Chegavam de todo o lado, exaustos, traumatizados, sem nada.
Chegou a uma altura em que a tropa portuguesa já se tinha vindo quase toda embora e mesmo em Luanda as pessoas só se sentiam seguras no aeroporto. Chegámos a ter lá 5.000, numa caserna para 500 homens".
A comida era a da base, quando havia, as instalações inexistentes. As possíveis. O homem da ponte aérea suspira. "Para ser diferente era preciso que houvesse aqui uma situação estável".

O desespero era tal para entrar num avião que as pessoas ofereciam o que tinham ou o que lhes restava, aos funcionários de check in, aos pilotos, a quem encontrassem. Termos de café, comida, álcool, as casas em Angola, os carros, barcos, dinheiro. E quando não era para entrar num avião era para meter lá dentro mais qualquer coisa. Nem toda a gente podia ou tinha tempo de despachar os pertences por mar. Mais ou menos rigoroso no seu trabalho de check in, mais quilo menos quilo e um recorde de 26 horas seguidas ao balcão, João F., nascido em Luanda, funcionário da TAP, viu acontecer muita coisa.
O tráfico de influências corria à desfilada, e para quem fosse habilidoso havia sempre um expediente para mandar tudo para Lisboa. Os mais modestos iam todos os dias ao aeroporto despachar pequenos embrulhos, os mais ambiciosos certificavam-se de ter tudo do outro lado do mar antes de dizer adeus a Angola. Coisa que não deixava de ser arriscada: A ex- João F., que despachou o frigorífico e o fogão, desapareceram-lhe os dois no aeroporto da Portela. E diz:
"Houve muitos crimes e muita desonestidade. As pessoas traziam o que era delas. Gente que nunca tinha estado em Angola chegava ao sítio do aeroporto onde as coisas se iam amontoando e escolhia o que queria. Houve nitidamente um roubo, e um abandono desta gente".

Regressado a 1 de Novembro, de 1975, com um pedido de transferência, teve de procurar outro emprego: só foi readmitido na TAP dois anos depois e para cúmulo retiraram-lhe o tempo da ponte aérea."Os registos perderam-se e ninguém se lembra", conclui com um encolher de ombros. "Dizem eles".
Em Nova Lisboa a situação era tremenda. Havia uma espécie de grande hangar e as pessoas chegavam das mais variadas formas, carregadas de malas. Como não as podiam levar - havia um limite de 30 kg por passageiro - havia uma montanha incrível de bagagem deixada para trás. Não havia condições nenhumas, a sanita era um antigo avião de campanha completamente recuperado que um oficial qualquer tinha resolvido pôr ali como monumento. Imagine-se, um avião que tinha andado na guerra!

"Quem controlava eram os guerrilheiros da Unita, que tinham um aspecto inacreditável. A tropa já se tinha vindo embora. Assim tínhamos de discutir horas com os UNITAS que queriam entrar nos aviões para ir lá buscar pessoas, e assegurar que eles não inutilizassem o avião. Era essa a minha maior preocupação quando estava no solo".
José Nico, brigadeiro da Força Aérea, na época capitão, não esconde a amargura que lhe ficou.
"O que andei a fazer sobretudo, foi evacuar os militares e suas famílias. Naqueles tempos era tudo ao contrário. Evacuava-se a tropa antes dos civis. A situação era tal que um dia, quando me pediram para ir complementar a acção dos aviões civis — porque o grosso da ponte propriamente dita foi feita por eles — e embarcar aquela gente que estava no aeroporto de Luanda à espera em vez de uma companhia de militares, os soldados se revoltaram. Armaram uma situação tão crítica que obrigou a uma intervenção".

Cala-se, pensativo. Viveu a juventude em Luanda, foi estudar para a metrópole. O resto da família regressou antes da independência. À excepção do pai, que só voltou em 79. "Era empregado numa companhia que não fechou. Teve de se mudar para um quarto ao lado do escritório para não andar na rua, mas mesmo assim iam lá visitá-lo muitas vezes para o revistar. O mesmo que quer dizer roubar. Ele não se abre muito". O silêncio quebra-se uma última vez.
"Foi um abandono de todo o povo português. Vivi muitos anos revoltado".
É a 11 de Novembro de 1975, que tudo é suposto acabar. Embora oficialmente a "Ponte Aérea" é dada por terminada no início de Dezembro.
A esposa de Vitor B. regressa no dia anterior, num avião regular da TAP. Agora e durante algum tempo, os funcionários da imigração ainda apõem nos passaportes o carimbo Luanda-Portugal-saída.
Resta na cidade o alto-comissário, almirante Leonel Cardoso e os seus colaboradores mais próximos, além de uma companhia de pára-quedistas, dois helicópteros e dois navios.
No palácio do governo, contra um painel do mapa-mundi com as Caravelas Portuguesas, o Leonel Cardoso lê a declaração de entrega da soberania do território. Já que não há mais ninguém na sala além dos portugueses e de um batalhão de jornalistas.
Ninguém para cantar o hino, (...) Levantai hoje de novo o esplendor de Portugal (...)" 
Logo de seguida, Leonel Cardoso, séquito e bandeiras partem nos navios, pela calada da noite, "escondidos da vergonha, dos gritos dos nossos presos, dos nossos mortos, de milhões de vozes que clamavam por Justiça" pelo crime, pela traição e pela cobardia dos políticos e militares que atraiçoaram séculos de História, entregando ao inimigo as vidas de milhões de seres humanos portugueses: à crueldade, à morte, ao abandono e à incerteza de um futuro.



Esquecer!?
NUNCA!... É IMPOSSÍVEL!!!


Rogéria Gillemans

¡ REQUIEM NOS CAIS DE LISBOA !




Desde Belém ao Beato,
Descarregados de botes,
Empilham-se ao desbarato
Muitos milhares de caixotes.
Numa larga, extensa linha,
Ocupam lados e centro do cais;
mas não se adivinha
o que contêm lá dentro.
— O que será? — perguntei
A dois ou três empregados.
Respondeu um: — P`lo que sei,
É tudo dos retornados.

Exclamei: - Senhor! Senhor!
(E comecei aos pinotes)
Tanta coisa de valor
Metida à força em caixotes!
Onde estão, que descaminho
Levaram (sabe-se lá!)
As estátuas de Mouzinho
E de Correia de Sá?
Quantas camas, quanto berço
Transformado num caixão?
E não há quem reze o terço,
Quem murmure uma oração?...

Desceu a noite. No escuro,
Perguntei, sem ver mais nada:
— E qual será o futuro
Dessa gente atraiçoada?...
Sem consultar um oráculo,
Eu contemplei, indignado,
O pavoroso espectáculo
Dum império encaixotado.


Poema de, António Lopes Ribeiro
In «Resistência», nº 128, 15.06.1976, pág. 6.




¡ 1975, OS COMISSÁRIOS MFA E A AGONIA DE ANGOLA !

                           O Segundo comissário MFA para Angola: António da Silva Cardoso...
Com a ânsia do poder o MPLA sob a conveniência e negligência destes comissários enviados de Lisboa pelo MFA, Angola foi ainda mais rapidamente para um banho de sangue.
o Alto Comissariado Português, António da Silva Cardoso, fugiu, abandonou povo e território de Portugal, voou para casa, para consultas em Lisboa, ele deixou para trás uma terra rasgada, e sangrando. A decomposição dos cadáveres contaminados na cidade, e falta de abastecimento de água.
O combate entre os movimentos rivais, engolia o último território Africano de Portugal e levantou desde o início a perspectiva de uma transição a 11 de Novembro 1975, não ordenada.
Estima-se que 4.000 pessoas, a maioria negros, morreram nos combates desde o início do ano de 1975 até ao dia 11 de Novembro, onde a luta se tinha concentrado na capital, Luanda, e onde grupos rivais eram os duelos de artilharia pesada, espalhados por todo o norte e partes centrais do país para o enclave de Cabinda que é rico em petróleo. Alguns dos mais sangrentos combates ocorreram em torno de Malange, a área de cultivo de café a 250 milhas a leste de Luanda. As autoridades estrangeiras chamaram ao envio de aviões de uma ponte aérea de emergência do caos.

Os portugueses brancos assustados formaram um enorme comboio de carros, e caminhões, mas a sua rota rodoviária foi considerada tão perigosa que as tropas portuguesas se recusaram a fornecer uma escolta armada, ou usavam essa forma para negarem a protecção aos portugueses de Malange. Apesar dos perigos, a maior parte do comboio chegou com segurança a Nova Lisboa" a segunda maior cidade de Angola, onde já se encontravam 20 mil refugiados brancos à espera de evacuação. Cena caótica.
Outros fugiram ao longo da costa do Lobito e para além das fronteiras da África do Sul e Sudoeste da África. No norte, mais de meio milhão de angolanos negros que fugiram para o Zaire durante a guerra, e no retorno em antecipação da independência foram-lhes cortadas as fontes de alimento e foram ameaçados pela fome.
Luanda era uma cena caótica as pessoas fugiram aos combates nos subúrbios e lotaram o centro da cidade em busca de protecção. Milhares de negros atolados nas praias, à espera de barcos com destino aos portos mais tranquilos ainda no norte, enquanto os brancos acampados na capital no Aeroporto Craveiro Lopes, clamando pelos voos de Lisboa. Para lidar com a crise de emergência, começaram por seis aviões por dia.
Aumentando os voos por dia quando a França, junta-se ao esforço de evacuação. Mesmo assim, era duvidoso que o transporte aéreo fosse capaz de acomodar todos. Praticamente todos os 430 mil portugueses brancos que ainda restavam e queriam sair, e ninguém tinha a certeza de quantos africanos de Angola estima-se 5.400.000 negros tentariam sair.



"Altas patentes do Movimento das Forças Armadas de Portugal deram o aval ao envio de tropas cubanas e armas soviéticas para Angola em 1975", escreve nas suas memórias Oleg Najestkin, antigo agente secreto soviético.


Rogéria Gillemans.

¡ QUANDO O CRIME É APTIDÃO !


"UM EXÉRCITO DE CARNEIROS DIRIGIDO POR UM CHACAL, É MAIS TEMÍVEL, 
QUE UM EXÉRCITO DE LEÕES DIRIGIDO POR UM CERVO"


Telegramas do almirante-Vermelho, Rosa Coutinho, enviados de Angola para a Presidência da República. Onde é manifesta a decisão da entrega de Angola ao MPLA Comunista.



CARTA DE ROSA COUTINHO O "ALMIRANTE VERMELHO"
 CO-AUTOR DO GENOCÍDIO EM ANGOLA.


República Portuguesa
Estado de Angola
Repartição de Gabinete do Governo-Geral
Luanda, aos 22 de Dezembro de 1974
Camarada Agostinho Neto,


A FNLA e a UNITA insistem na minha substituição por um reaccionário que lhes apare o jogo, o que a concretizar-se seria o desmoronamento do que arquitectamos no sentido de entregar unicamente ao MPLA.
Apoiam-se aqueles movimentos fantoches em brancos que pretendem perpetuar e execrando colonialismo e imperialismo português – o tal da Fé e do Império, o que é mesmo que dizer do Bafio da Sacristia e da Exploração do Papa e dos Plutocratas. Pretendem essas forças imperialistas contrariar os nossos acordos secretos de Praga, que o Camarada Cunhal assinou em nome do PCP, afim de que sob a égide do glorioso PC da URSS possamos estender o comunismo de Tânger ao Cabo e de Lisboa a Washington.
A implantação do MPLA em Angola é vital para apearmos o canalha Mobutu, lacaio do imperialismo e nos apoderarmos da plataforma do Zaire. Após a última reunião secreta que tivémos com os camaradas do PCP, resolvemos aconselhar-vos a dar execução imediata à segunda fase do plano. Não dizia ?Fanon? que o complexo de inferioridade só se vence matando o colonizador? Camarada Agostinho Neto, dá, por isso, instruções secretas aos militantes do MPLA para aterrorizarem por todos os meios os brancos, matando, pilhando e incendiando, afim de provocar a sua debanda de Angola. Sede cruéis sobretudo com as crianças, as mulheres e os velhos, para desanimar os mais corajosos. Tão arreigados estão à Terra esses cães exploradores brancos que só o terror os fará fugir. O FNLA e a UNITA, deixarão assim de contar com o apoio dos brancos, de seus capitais e de sua experiência militar.
Desenraizem-nos de tal maneira que com a queda dos brancos se arruine toda a estrutura capitalista e se possa instaurar a nova sociedade socialista ou pelo menos se dificulte a reconstrução daquela.
Saudações revolucionárias
A Vitória é certa
António Alva Rosa Coutinho
Vice-Almirante


Portuguese Republic
State of Angola
Division of the Office of the General Government
Luanda, December 22, 1974
Comrade Agostinho Neto,
The FNLA and UNITA insist on my replacement by a reactionary that they trim the play, which is to be achieved would be the collapse of that we devise to deliver solely to the MPLA.
They were based on those movements in white puppets who want to perpetuate and decrying Portuguese colonialism and imperialism – as the Faith and the Empire, which is to say the mold of the Vestry and of the Exploitation of the Pope and the plutocrats.
They want these imperialist forces thwart our secret agreements Prague that Comrade Cunhal signed on behalf of the PCP, so that under the aegis of the glorious Party of the USSR communism can extend to the Cape of Tangier and Lisbon to Washington.
The implementation of the MPLA in Angola is vital for the bastard apearmos Mobutu, lackey of imperialism and of platform, Seizing Zaire.
After the last secret meeting we had with the comrades of the PCP, we decided to advise you to implement immediately the second phase of the plan. Not say? Fanon? that the inferiority complex we can only win by killing the colonizer? Comrade Agostinho Neto, gives therefore secret instructions to MPLA militants to terrorize by all means whites, killing, looting and burning, in order to cause their stampede of Angola. Headquarters cruel especially children, women and children, to discourage the bravest. So entrenched are these dogs to Earth explorers white terror that only make them flee. The FNLA and UNITA, thus no longer count on the support of whites, their capital and their military experience.
Rooting ourselves in such a way that with the fall of whites ruin the whole capitalist structure and may bring a new socialist society, or at least impede, the rebuilding of that.
Greetings revolutionary
Victory is certain
António Alva Rosa Coutinho
Vice Admiral

Rosa Coutinho, reconhece a veracidade da assinatura. «Um homem que escreveu uma carta destas é um Assassino Nato».

Esta carta foi publicada pela primeira vez em inícios de Janeiro de 1975 num Jornal Sul Africano: Era o tema diário e a voz corrente em Angola, principalmente na sua capital, Luanda.

Coutinho ao ter conhecimento sobre a divulgação pública da referida carta, e quando questionado por jornalistas em conferência de imprensa a 16/01/1975, as suas únicas palavras sobre a mesma foram: "Quero lá saber o que dizem os reaccionários.

Constou-se que a sua imprevista substituição por *Silva Cardoso, esteve na origem do conhecimento público desta carta.

*Silva Cardoso; leitura em: 1975, os comissários MFA e a Agonia de Angola, e no Site "ANGOLA TERRA NOSSA".



      "AS FALHAS E DEFEITOS DA MENTE PROPENSA AO CRIME SÃO FERIDAS INFECTAS E VISCEROSAS,  AINDA QUE A MEDICINA TENTE TODOS OS TRATAMENTOS PARA CURÁ-LAS, FICARÃO COMO CICATRIZ":  
                                             
Fotos dos Arquivos da Polícia.



ENTREVISTA A UM CANALHA CO-AUTOR DO GENOCÍDIO EM ANGOLA: 

Em entrevista a "Der Spiegel" Mário Soares, aquando Ministro dos Negócios Estrangeiros português, sobre a chamada "descolonização" em Angola disse:
"SE NECESSÁRIO ATIRAREMOS SOBRE OS PORTUGUESES BRANCOS!"

"SP – Sr. Ministro, o Governo Provisório está em vias de conceder a independência às colónias da Guiné-Bissau, Angola e Moçambique. Há portugueses que se interrogam se este Governo de Transição, que não foi eleito pelo povo, mas empossado por um golpe militar, tem legitimidade para tomar uma decisão tão histórica.
MS – Isso nos perguntámos logo a seguir à revolução de 25 de Abril. Ponderamos se a descolonização se deveria fazer apenas após eleições regulares. Mas verificou-se que o problema era candente, que dificuldades e demoras surgiam no processo. E assim convencemo-nos que precisávamos de nos apressar.

SP – Há portugueses que julgam que o Sr. se tenha apressado demais – como em tempos os belgas ao se retirarem do Congo.
MS – Estamos há 3 meses no governo, e entretanto fizemos contactos e progressos, mas não creio que tenhamos sido demasiado apressados. Pelo contrário. A situação em Angola, que nos últimos tempos se tornou explosiva, prova que talvez não tivéssemos andado suficientemente depressa.

SP – Sobre as condições de independência o Sr. negoceia exclusivamente com os movimentos de libertação africanos. Na sua opinião eles são os únicos legítimos representantes das populações nas colónias?
MS – Bem, se quisermos fazer a paz – e nós queremos sem demora a paz – temos que falar com os que nos combatem. Isto não implica uma avaliação política ou ética dos movimentos de libertação, mas resulta da apreciação pragmática de determinada situação. E quem nos combate na Guiné? O PAIGC. Assim temos de falar com o PAIGC. Quem nos combate em Moçambique? A Frelimo. Assim temos de falar com a Frelimo.

SP – E com quem pode o Sr. negociar em Angola onde existem vários movimentos rivais?
MS – Em Angola há dois movimentos de libertação reconhecidos pela OUA – o MPLA e a FNLA. Assim temos de negociar com ambos. Para avaliar qual dos dois é o mais representativo do povo é um problema que os Angolanos e as coligações que no futuro formarão governo terão de resolver mais tarde.

SP – Acredita que esses movimentos e em particular os ainda discutíveis têm suficiente autoridade de impor a solução que vai ser negociada.
MS – Esperamos que sim. Mas o processo de descolonização em Portugal, no formato, não deverá decorrer de modo muito deferente do da Inglaterra e França.

SP – Na Argélia havia um movimento de libertação muito forte, como no Kénia e sem dúvida também na Guiné-Bissau e Moçambique. Mas e em Angola?
MS – Sim, na verdade em Angola a situação é difícil devido às divisões dentro dos movimentos. E nós não podemos alterar aí quase nada. Estamos prontos a falar com cada uma das facções e, dentro das nossas possibilidades, procurar que se unam. Mas não temos muitas ilusões, as nossas possibilidades de intervir aqui são muito limitadas.

SP – Se o processo de descolonização português correr como o inglês ou o francês, na sua opinião qual será a tendência a seguir - como no Kénia que seguiu a via capitalista, ou como a Zâmbia que tenta uma espécie de socialismo africano?
MS – Eu julgo que é sempre perigosa a transposição de modelos estranhos. Mas, de momento, parece-me que a evolução em Moçambique será semelhante à da Zâmbia. Noutras regiões poderá haver outras soluções. Quando falei da semelhança do nosso processo de descolonização com o inglês ou o francês, pensei mais nas linhas gerais – que nós, como potência colonial, como os ingleses e os franceses, devíamos negociar com os movimentos fortes a operar nas colónias.

SP – E o que virá depois das negociações?
MS – Parece-nos importante que as populações sejam consultadas e que, depois do domínio português, não lhes seja imposto outro domínio que poderá não ter a maioria. Gostaríamos que a liberdade da população fosse garantida e assegurada. Mas temos nós, como antiga potência colonial, autoridade bastante para discutir isso? A nós parece-nos isso muito problemático. Por outro lado, o PAIGC e a Frelimo são movimentos de libertação que em anos de luta renhida pela independência ganharam indiscutível autoridade. Eles têm chefes muito qualificados e conscientes das responsabilidades. Com quem mais, a não ser com eles, deveremos negociar?

SP – Sente-se o novo governo português também responsável por aqueles milhares de africanos que, por motivos diversos, colaboraram com o anterior regime?
MS – Certamente que nos sentimos responsáveis por essa parte da população e sobre o seu destino já se falou por diversas vezes nas conversações. No caso concreto da Guiné, onde o processo está mais avançado, tencionamos, por exemplo, repatriar para Portugal os ex-combatentes africanos que o queiram por não se conseguirem integrar na nova República independente.

SP – Quantas pessoas são essas?
MS – Sabemos de cerca de 30 antigos comandos que aos olhos do PAIGC representam um certo perigo. Para estas pessoas temos de encontrar uma solução qualquer – talvez integrá-los nas forças armadas portuguesas ou coisa semelhante.

SP – Acredita que do lado dos movimentos de libertação exista a boa vontade de não exercer represálias contra os colaboradores africanos do antigo regime?
MS – Sim, isso foi-me espontaneamente assegurado, mesmo antes de nós termos levantado o problema. Também nos deram certas garantias, os movimentos de libertação não são racistas. Eles estão conscientes dos imensos problemas que terão de enfrentar e não querem comprometer já a sua vida política com crueldades e actos de vingança.

SP – No entanto, a “Voz da Frelimo” emissora do movimento para Moçambique tem, nas passadas semanas, por diversas vezes apelado aos soldados pretos para desertarem das tropas portuguesas, sob pena de ajuste de contas após a independência.
MS – Uma guerra, infelizmente não é um jogo de cavalheiros nem um concurso hípico com regras éticas fixas. Tais excessos verbais e ameaças são lamentáveis, mas também muito naturais. Na verdade, não sei se essas ameaças foram feitas, mas considero-as possíveis. Mas até agora tivemos na Guiné e em Moçambique – em Angola ainda não – uma impressionante onda de confraternização e tudo tem corrido muito melhor do que seria de esperar depois de 13 anos de guerra.

SP – Muitos brancos nas colónias portuguesas sentem-se traídos por Lisboa. Com razão?
MS – Se acreditou nos slogans do antigo regime – que Angola é nossa e sê-lo-á para sempre, e que não são colónias mas simplesmente províncias ultramarinas – então terá razão em sentir-se traído. Mas, na realidade, a traição é do regime de Salazar e Caetano que quiseram fazer esta gente acreditar que seria possível oferecer resistência ao mundo inteiro e à justiça.

SP – Qual será o futuro destes brancos desiludidos, se, apesar de tudo, quiserem permanecer em África?
MS – Se forem leais para com os novos Estados independentes na cooperação e respeitarem as suas leis, não têm nada a temer. Na Guiné, por exemplo, o próprio movimento de libertação exortou-nos a deixar os nossos técnicos, médicos, engenheiros e agrónomos, porque precisavam deles. É cómico: a extrema esquerda portuguesa exigia a nossa saída imediata, total e sem condições, mas os próprios movimentos de libertação não exigiram nada disso.

SP – O que será dos brancos que não querem ficar em África? Em Moçambique já se iniciou entre os brancos um grande movimento de fuga.
MS – É verdade. Mas estou certo que dois anos após a independência e quando as instituições do País funcionarem razoavelmente, haverá mais portugueses, em Moçambique, que hoje. Isto é, aliás, um fenómeno geral. O Presidente Kaunda da Zâmbia disse-me, quando estive em Lusaka: ” Saiba que temos aqui na Zâmbia o dobro dos ingleses que tínhamos antes da independência”.

SP – E o Sr. acredita que isso também acontecerá em Moçambique?
MS – Sim. Primeiro virão muitos para Portugal, porque têm medo, mas depois regressarão.

SP – E em Angola?
MS – Ali ainda não há muitos que abandonaram o País. Ali generaliza-se entre os brancos uma atitude perigosa. Precisamos de convencer os brancos, no seu próprio interesse, que fiquem, mas já não como patrões, como até agora.

SP – Apesar disso Portugal tem de contar com o regresso de muitos. Como irão resolver o caso?
MS – Isto é para nós um problema económico muito sério, pois não é apenas o regresso dos colonos brancos mas também os soldados – cerca de 150.000 a 200.000 homens que regressam duma assentada. Acrescem ainda os imigrantes que querem regressar desde que Portugal é livre. O assunto está a ser estudado pelo Ministério da Economia e Finanças. Temos de criar novos postos de trabalho, mas isso significa igualmente a reestruturação da totalidade da economia portuguesa, que vai precisar de se adaptar às sociedades industriais modernas.

SP – Não existem portanto planos concretos para absorver os retornados?
MS – Há investigações adiantadas.

SP – Entre os brancos que não querem regressar a Portugal, tenta-se criar um exército de mercenários para se opor aos movimentos de libertação. Em Angola, nos últimos tempos, radicais brancos de direita provocaram confrontos raciais sangrentos. Pode Lisboa impedir que tais brancos, especialmente em Angola, tomem o poder?
MS – Eu penso que sim.

SP – Como?
MS – O exército em Moçambique e em Angola é completamente leal para com os que fizeram a Revolução de 25 de Abril. E o exército não permitirá que mercenários brancos ou grupos semelhantes se levantem contra o exército. Tentativas haverá. Em Moçambique já as houve.

SP – E em Angola onde vivem mais do dobro dos brancos e um terço menos de pretos que em Moçambique?
MS – Em Angola haverá certamente uma série de situações mais ou menos desesperadas e tensões perigosas entre as raças. Apesar disso, julgo que por ora o exército pode e fará manter a ordem – a ordem democrática.

SP – Portanto, se necessário, o exército português fará fogo sobre portugueses brancos?
MS – Ele não hesitará e não pode hesitar. O exército já mostrou que tem mão forte e quer manter a ordem a todo o custo

SP – Apesar do exército, não se pode excluir a hipótese de os brancos se declararem independentes, como na Rodésia. Pelo menos Angola podia tentar mesmo economicamente uma tal solução.
MS – De princípio, nos primeiros momentos da Revolução tive muito receio que tal pudesse acontecer. Mas quanto mais o tempo passa, mais difícil se tornará uma tal tentativa.

SP – Suponhamos, no entanto, que tal venha a acontecer – reagiria Lisboa como Londres, na altura, tentando impor um bloqueio económico?

MS – Não creio que em Angola exista uma solução rodesiana, mas se tal acontecesse combatê-la-íamos com todas as nossas forças, pois uma tal solução seria para África e para o Mundo uma aventura inaceitável.

SP – Também se pensou isso no caso da Rodésia e, no entanto, não se pôde evitar.
MS – Para nós tal solução é improvável a não ser que tivéssemos um golpe de direita aqui em Portugal. Nós – este governo democrático – não permitirá que tal solução rodesiana aconteça em Angola ou Moçambique. Eu repito! Nós combatê-la-emos com todos os meios ao nosso dispor.

SP - Porquê?
MS – Porque isso poria em causa todo o nosso processo de descolonização, a nossa credibilidade, e a nossa boa vontade. E porque com uma tal solução até o regresso do fascismo poderia ser encaminhado em Portugal.

SP – Do ponto de vista económico a perda da Guiné e de Moçambique são um alívio para Portugal. Angola, no entanto, com os seus diamantes, petróleo, café trouxe para Portugal as tão necessárias divisas. Pode Portugal dar-se ao luxo de perder essa fonte de divisas?
MS – Todas estas receitas não compensavam os custos de guerra. Nós gastávamos cerca de 2 biliões de marcos por ano com a guerra. O que pouparmos com o fim da guerra compensa plenamente a perda dessas divisas, que de qualquer modo, acabavam na maior parte nos bolsos dos americanos, alemães e ingleses.

SP – Lisboa irá ajudar no futuro as suas antigas colónias? Concretamente: -Se Moçambique independente resolvesse impedir o trânsito de mercadorias da Rodésia para Lourenço Marques ou Beira para exercer pressão política sobre o regime branco de Salisbury, estaria Portugal disposto a compensar Moçambique pela perda de divisas que tal operação acarretaria?
MS – Os nossos meios são escassos, temos de ter em atenção a nossa muito tensa situação económica. Mas, dentro das nossas possibilidades, ajudaríamos, numa tal situação.

SP – No seu livro “Portugal e o Futuro”, o general Spínola propunha uma espécie de comunidade portuguesa como forma de cooperação futura entre Lisboa e África. Os movimentos de libertação não deram qualquer importância à ideia. Como serão as futuras relações entre Lisboa e África?
MS – O discurso pragmático proferido pelo general Spínola em 27 de Julho sobre o futuro das colónias está muito distante da concepção do seu livro. Se, algum dia, uma espécie de comunidade dos países lusófonos se verificar, só na condição de todos os países serem realmente independentes. E seriam então os países africanos a dizer até que ponto tal associação poderia ir.

SP – Sr. Ministro, muito obrigado pela entrevista.
in: "Der Spiegel" - Nº 34/1974."



 "ÓDIO CONTRA OS PORTUGUESES,
       OU SIMPLESMENTE OS INSTINTOS DE UM CRIMINOSO NATO?  
 



VIDA E OBRA DE UM SOCIALISTA /MARXISTA:

Um Canalha, um Traidor à Pátria e aos Valores dos Homens.

Fiel ao catecismo do socialismo marxista, fomentado, revisto e ampliado sob as técnicas desenvolvidas nos covis da Nomenklatura soviética. Co-autor e instigador ao genocídio em Angola, participou activamente da destruição das vidas de centenas de milhares de seres humanos que, de um momento ao outro, se viram desalojados da terra, onde, muitos nasceram.  
Demagogo e agitador dos discursos "ad nauseam" cujas perorações não eram mais que um meio para encobrir os seus propósitos reais.  Oportunista e perito nas manobras e traições concertadas, apropriou-se de Portugal como se a ele lhe pertencesse, enriqueceu à custa dos escombros da Nação, à custa do "Genocídio em Angola", e à custa de todos os contribuintes portugueses. Amigo e admirador do Nicolae Ceauşescu o facínora da Romênia Socialista, que chegou apresentar como um modelo a seguir para Portugal. 
Sobre ele, da mesma forma que sobre outros criminosos envolvidos nos crimes a que qualificaram como “Descolonização Exemplar” a História fará Julgamento. 



MARX FOI UM DOS PIORES CRIMINOSOS NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE:

 Em seu poema "Orgulho Humano"Marx admite que o seu objectivo não é melhorar o mundo com reforma ou revolucioná-lo, mas simplesmente para arruiná-lo e apreciá-lo sendo arruinado!
 (Não existem dúvidas que esta realidade foi praticada contra Portugal, com o mesmo delírio e o mesmo satanismo! E assim, tiveram a faculdade de explorar o melhor em seus benefícios).

 Karl Marx foi igualmente frequentador das sociedades secretas, escreveu a propósito: 
"Sem violência, não dá para se chegar a realizar nada na história", ou seja, "Sem violência, não dá para se chegar a realizar riqueza".
Marx afirmava que o dono da riqueza é a classe dirigente porque usa o poder económico e político para impor a sua vontade ao povo. Ele achava que a classe dirigente jamais iria abrir mão do poder por livre e espontânea vontade e que, assim, a luta e a violência eram inevitáveis. 
Os prosélitos do marxismo pensavam na mesma sociedade preconizada por Marx - e numa mesma maneira de chegar ao poder.

                         Marx negava ainda a existência da alma e outra vida depois da morte: 
O objectivo principal do comunismo/socialismo em conquistar novos países não é estabelecer novo sistema social ou económico, é sim zombar de Deus e louvar a Satanás: 
"Os vapores infernais elevam-se e enchem o cérebro, Até que eu enlouqueça e meu coração seja totalmente mudado. Vê esta espada? O príncipe das trevas, Vendeu-a para mim." (Marx).

De, Vladimir Lenin "A fome tem várias consequências positivas (...) a fome aproxima-nos do nosso alvo final, o socialismo, etapa imediatamente posterior ao capitalismo.  A fome destrói a fé não somente no Czar, mas também em Deus". "É preciso lutar contra a religião", "O marxismo é incondicionalmente ateu, decididamente hostil a qualquer religião." (Lenin). Este é o ideário daqueles que proclamavam e, proclamam: "fraternidade, pão, e liberdade". 
                           
                     
                         MARX, A TEORIA DO SOCIALISMO NO CULTO DO ATEÍSMO SATÂNICO:

   


 Algozes, psicopatas do comunismo ou de sua antecâmara "o socialismo de todas as matizes"; teóricos da violência e mestres da crueldade, profissionais do crime e líderes de todos os chacais e respectivas coortes de acólitos assassinos que obedeciam às maquinações das centrais de subversão),e de uma série de bandidos, de ladrões e de torpes arruaceiros. Ao mesmo tempo que vociferavam chavões como “liberdade”, “igualdade”, “justiça”, “democracia” e “direitos dos povos” impunham pelas armas, o terror, a repressão, a morte e a fome.
Fazedores da revolução dos cravos vermelhos do sangue dos portugueses assassinados em Lisboa e de milhões de seres humanos, portugueses, assassinados nas províncias ultramarinas, em prefiguração sinistra dos célebres sovietes e comissariados que em 1917 transformaram a Rússia no maior campo de concentração e extermínio de que há memória, e que fizeram de tudo e, têm feito, para eliminar a identidade do homem e a sua fé em Deus!




A EXIGÊNCIA À VERDADE E DE JUSTIÇA É UM DIREITO QUE ASSISTE ÀS VÍTIMAS DOS CRIMES DA DITADURA COMUNISTA /SOCIALISTA MARXISTA DO 25 DE ABRIL DE 1974.