O muro maldito
foi demolido ...
Ficaram
fragmentos do ódio, luto e testemunhos sofridos!
Ditadura de
cobardes, usuários, exploradores, traidores,
velhacos e
assassinos...
Ódio, inveja,
mediocridade, morte, perfídia e ambições,
era a palavra da
desunião levada ao extremo por seres imundos
fanatizados,
apodrecidos nos berços das maldições...
Entre eles era
prática corrente amordaçar os povos
e tirar-lhes o
direito às Nações.
Numa sinistra
madrugada, quando todos ainda dormiam,
em Berlim,
fechavam com concreto de betão
a vida daqueles
que precisavam de pão...
A repressão por
liberdade... E a morte como solução!...
Cercas
eléctricas, valas, e torres de vigia
com soldados
pervertidos preparados para matar
quem tentasse
passar o muro para um abraço amigo,
E arame farpado
como símbolo de intimidação!
Numa sinistra
madrugada de Abril,
em Lisboa, quando
todos ainda dormiam ...
traidores e
apátridas vendidos por pouco soldo ao inimigo,
arrastando
servilismo ímpio... em insana orgia
em tanques de
guerra em cidade em paz,
entregaram à
morte compatriotas, famílias e amigos,
e as nossas vidas
à venda que só à canalha satisfaz ...
Víboras
peçonhentas, bastardos de uma raça,
tentando
furtar-nos a fé fazendo-nos agonizantes
julgaram-se
homens por terem nas mãos armas dadas de graça.
O estrondoso caír da satânica União-Soviética
e como de
mortalhas o cobriu.
Foi derrubado o
muro maldito...
O tempo não
acordou a tempo, não se previa antecipação...
e o nosso muro da
vergonha e da morte erguido por cimento armado,
vence no tempo a
permanência de uma alta traição.
Em Berlim
cantou-se o hino à Liberdade...
Nós, nunca
pensamos que estava tão cerca e ficamos sem canção!
Mas temos
nomes!... Assinalados com crucifixo!...
Por lhe terem
tirado liberdade, vida e direito à Nação!