O CRIME DE TRAIÇÃO À PÁTRIA:

O CRIME DE TRAIÇÃO À PÁTRIA:

O Art.º-141.º Do Código Penal é simples e claro: "Será condenado na pena de prisão maior de vinte a vinte e quatro anos, todo o português que: 1.º intentar, por qualquer meio violento ou fraudulento ou com auxílio estrangeiro, separar da mãe-Pátria ou entregar a país estrangeiro todo ou parte do território português, ou por qualquer desses meios ofender ou puser em perigo a independência do País. 2.º Tomar armas, debaixo das bandeiras de uma nação estrangeira, contra a Pátria". Simples e claro como o juízo do nosso povo, quanto à forma como a Pátria foi mutilada.

 


O muro maldito foi demolido ...

Ficaram fragmentos do ódio, luto e testemunhos sofridos!

Ditadura de cobardes, usuários, exploradores, traidores,

velhacos e assassinos...

Ódio, inveja, mediocridade, morte, perfídia e ambições,

era a palavra da desunião levada ao extremo por seres imundos

fanatizados, apodrecidos nos berços das maldições...

Entre eles era prática corrente amordaçar os povos

e tirar-lhes o direito às Nações.

Numa sinistra madrugada, quando todos ainda dormiam,

em Berlim, fechavam com concreto de betão

a vida daqueles que precisavam de pão...

A repressão por liberdade... E a morte como solução!...

Cercas eléctricas, valas, e torres de vigia

com soldados pervertidos preparados para matar

quem tentasse passar o muro para um abraço amigo,

E arame farpado como símbolo de intimidação!

Numa sinistra madrugada de Abril,

em Lisboa, quando todos ainda dormiam ...

traidores e apátridas vendidos por pouco soldo ao inimigo,

arrastando servilismo ímpio... em insana orgia

em tanques de guerra em cidade em paz,

entregaram à morte compatriotas, famílias e amigos,

e as nossas vidas à venda que só à canalha satisfaz ...

Víboras peçonhentas, bastardos de uma raça,

tentando furtar-nos a fé fazendo-nos agonizantes

julgaram-se homens por terem nas mãos armas dadas de graça.

O estrondoso caír da satânica União-Soviética

fez tanto clamor como de silêncio impôs ao mundo

e como de mortalhas o cobriu.

Foi derrubado o muro maldito...

O tempo não acordou a tempo, não se previa antecipação...

e o nosso muro da vergonha e da morte erguido por cimento armado,

vence no tempo a permanência de uma alta traição.

Em Berlim cantou-se o hino à Liberdade...

Nós, nunca pensamos que estava tão cerca e ficamos sem canção!

Mas temos nomes!... Assinalados com crucifixo!...

Por lhe terem tirado liberdade, vida e direito à Nação!

 


De, Rogéria Gillemans.